O regresso está iminente. O Marítimo volta ao trabalho na próxima segunda-feira, mas quanto à competição ainda há muitas dúvidas. Ninguém sabe quando, nem como… Zainadine, um dos subcapitães, está preocupado.
«Têm sido dias complicados, em que tenho vivido uma constante mistura de sentimentos. Obviamente que se pensar só com o coração fico extremamente feliz, porque o futebol é a paixão de todos os jogadores. Mas, perante esta situação, é perigoso pensarmos só com o coração, temos de usar a cabeça. Não podemos colocar a emoção à frente da razão. Além de futebolistas, somos filhos e pais. Por muito que amemos a nossa profissão, e ninguém pode colocar isso em causa, a segurança é o fundamental», frisa o central.
«Todos os dias há uma chuva de informação, que poucas horas depois é desmentida, como se estivéssemos a navegar à vista. Há que apelar ao sentido de responsabilidade e as instituições têm de pesar todos os aspetos. Em Espanha, por exemplo, há jogadores que só voltam à competição com garantias absolutas da Liga», sublinha o moçambicano de 31 anos, que teme um regresso precoce.
«A melhor solução é, sem dúvida, a segurança de todos os intervenientes. Não há campeonato algum, ou Taça, que valha a saúde de alguém, até porque o futebol sempre foi a festa do povo e não é só negócio», frisa Zainadine.
«Os verdadeiros efeitos deste vírus ainda não são conhecidos. Já sabemos que o primeiro impacto é bastante violento, mas depois pode haver mais problemas, como a nível cerebral, por falta de oxigenação. É por isso que todo este plano tem de ser bem delineado para não acontecer nenhuma situação negativa», conclui.