Nuno Gomes, diretor da Caixa Futebol Campus, mostra-se orgulhoso do trabalho desenvolvido no Seixal, que considera estar “ao nível dos grandes clubes mundiais”.
Porém, o antigo avançado reconhece que as águias estão sujeitas a lei do mercado e que não são capazes de manter os grandes talentos que “produz”. “O jogador português chega a uma determinada altura em que os clubes detentores do passe não conseguem competir com os gigantes europeus. As propostas são tentadoras e muitas irrecusáveis. O cenário ideal seria aguentar o máximo de tempo possível esses jovens. E a ideia passa por tentarmos conseguir isso. Mas há propostas irrecusáveis. Já no meu tempo de jogador essa situação se colocava. Os clubes portugueses não conseguem competir financeiramente com as grandes potências”, revelou ao “Diário de Notícias”.
Renato Sanches e Bernardo Silva são dois desses exemplos. E Nuno Gomes confessou que gostava muito de os ver novamente com a camisola encarnada.
“Há os dois lados da balança. Eu gostava muito de ver o Bernardo Silva hoje a jogar no Benfica. E espero que no futuro isso possa acontecer. O mesmo se aplica ao Renato Sanches. Por um lado, há o orgulho de conseguirmos produzir um jogador com o nosso ADN e que está a conseguir fazer uma carreira de sucesso lá fora. Mas ao mesmo tempo gostávamos de os ver aqui. É um misto de sentimentos diferentes”, concluiu.