O novo treinador do Benfica já está de malas prontas em Lisboa, mas o seu nome não agrada, de todo, muitos dos adeptos e sócios do clube. Afinal, o nome do novo treinador é o mesmo que saiu, num passado recente, pela porta pequena do Estádio da Luz.
A porta pequena que se abriu para Bruno Lage
Era pouco expectável que o novo treinador do Benfica fosse um nome já conhecido, principalmente com um passado pouco ou nada positivo na sua memória. Após ser campeão, Bruno Lage viveu momentos muito insatisfatórios no Estádio da Luz e no Seixal, acabando mesmo por ser um dos treinadores a sair pela porta pequena do clube e com poucas saudades para os adeptos e simpatizantes. Todavia, foi essa mesma porta que se abriu e é o nome apresentado para todos após a saída de Roger Schmidt.
O presidente Rui Costa afirmou na despedida de Schmidt que o próximo treinador estava escolhido e que era um treinador sem clube e com disponibilidade imediata para viajar e começar a treinar a equipa. Com vários nomes em cima da mesa, foi a porta pequena que se abriu e é Bruno Lage o novo treinador da equipa encarnada.
Bruno Lage de volta ao Benfica para recuperar fragilidades
Assina por cima de uma mesa de vidro, com sinais evidentes que um pequeno erro pode colocar novamente Bruno Lage na órbita dos lenços brancos e contestação. Porém, vale salientar que foi o mesmo treinador que já colocou a equipa encarnada campeã, tendo mesmo sido elogiado pela sua coerência. Após várias passagens pelo estrangeiro, Bruno Lage é o novo treinador do Benfica, voltando assim após 4 anos fora de Portugal.
O nome de Bruno Lage está para muitos associado ao título de campeão conseguido em 2018/2019, onde assumiu a equipa com 7 pontos de desvantagem sobre o rival FC Porto e conseguiu recuperar a tempo de levantar o troféu. Posteriormente, o mesmo Bruno Lage venceu a Supertaça após uma goleada ao rival de Lisboa, Sporting, por 5-0. Contudo, o novo treinador do Benfica está também associado por outros tantos pelos maus resultados na temporada seguinte, acabando por sair pela porta pequena, não aguentando a pressão de estar aos comandos do Benfica.
Com isso em mente, o ex-treinador do Benfica está de volta e procura recuperar as fragilidades que encontrou no seu primeiro percurso pela equipa, existindo agora mais exigência e pressão, pois o clube encarnado arrancou a temporada de forma bastante negativa, mesmo repleta de reforços de peso.
Os pesadelos que não se querem repetir
Embora tudo pareça muito simples, é necessário ter em conta que os episódios associados à sua saída, como o autocarro apedrejado, insultos ou ameaças não são de memória curta. Bruno Lage aceitou regressar a Portugal mesmo tendo passado por momentos complicados e com resultados pouco favoráveis e que não quer repetir. A pressão existe, mas são pesadelos que não quer voltar a viver, mas que também a serem vividos podem colocar o presidente Rui Costa em maus lençóis.
Rui Costa coloca-se na poltrona de risco elevado
Durante várias semanas os nomes associados ao clube estiveram longe de colocar Bruno Lage como a escolha primária, mas acabou por ter esse final. Entre Sérgio Conceição, Klopp, Tuchel, Pochetino e outros nomes, Bruno Lage não era o favorito dos adeptos e sócios do clube. Acredita-se assim que, se Bruno Lage não tiver sucesso nesta temporada, o presidente Rui Costa pode ser colocado em xeque, obrigando a mudanças radicais ou a ter que chamar os sócios a votos antecipadamente. Baseando no que surge pelas redes sociais, este é uma realidade, estando assim o novo treinador do Benfica com uma carga muito elevada nas suas costas, mas que pode responder em pleno, pois é um treinador com muita mais experiência ao momento.
O currículo de Bruno Lage no seu regresso
Após a saída do Benfica, Bruno Lage passou por duas equipas com realidades diferentes, acabando por arrecadar mais experiência e noções de jogo, sendo agora um treinador mais maduro e ciente da realidade que poderá encontrar. Neste caso, o treinador viajou diretamente para a Inglaterra e comandou o Wolves por 51 jogos, sendo a Premier League um palco deveras interessante, embora não tenha tido muito sucesso, isto perante o objetivo esperado. Seguiu-se o Brasil, onde assinou pelo Botafogo, mas realizou apenas 15 jogos, acabando por não seguir na equipa devido aos resultados e insatisfação dos adeptos e presidente.