Se Rúben Amorim sugeriu aos seus jogadores, como já tornou público, para não lerem jornais após terem feito grandes jogos, por haver perigo de verem o ego exageradamente insuflado, é melhor que o treinador leonino não leia as linhas que se seguem. O motivo é, igualmente, simples e objetivo: pode ficar com o ego exageradamente insuflado.
A começar, claro, pela vantagem na tabela classificativa: 10 pontos para o FC Porto, 11 para o SC Braga e 13 para o Benfica. Há 13 anos que não se via algo assim. À 19.ª jornada de 2007/2008, o FC Porto de Jesualdo Ferreira tinha 10 pontos de avanço sobre o Benfica de Fernando Santos/José Antonio Camacho, 14 sobre o Sporting de Paulo Bento e 16 sobre o V. Guimarães de Manuel Cajuda.
Este é o segundo melhor Sporting da história nesta fase da prova, apenas superado pelos 54 pontos em 1946/1947 (18 vitórias e 1 derrota), no tempo de João Azevedo, Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. Ou seja, os Cinco Violinos. E entra no top-ten das melhores equipas portuguesas à 19.ª jornada, ranking liderado pelo Benfica de 1972/1973, com Eusébio, Simões, Nené, Artur Jorge, Humberto Coelho, Vítor Baptista, Jordão, Toni, Jaime Graça, José Henrique, Artur e Shéu.