Sob alçada disciplinar do Manchester City, depois de ter organizado, no início de abril, uma festa em casa com duas acompanhantes, numa altura em que o Reino Unido já havia decretado o confinamento como medida para travar o novo coronavírus, Kyle Walker volta a ser notícia pelos piores motivos.
Na quinta-feira, o jornal The Sun revelou que o lateral inglês quebrou as regras do isolamento social por três vezes em 24 horas, tendo abandonado a sua residência para visitar a irmã e os pais, em Sheffield, e para um passeio de bicicleta com um amigo.
O jogador, de 29 anos, veio hoje reagir nas redes sociais.
«Sinto que estive calado tempo o suficiente. No seguimento das últimas notícias, decidi que não tenho escolha senão esclarecer as coisas em público. Passei, recentemente, por um dos períodos mais difíceis da minha vida e pelo qual assumo total responsabilidade. No entanto, sinto que agora estou a ser assediado. Esta situação não só está a afetar a mim pessoalmente, como também a saúde da minha família e dos meus filhos», escreve o companheiro de equipa de Bernardo Silva.
«Estou numa posição privilegiada como modelo social e atleta profissional, e posso garantir que não tomo isso como garantido. Mas, a partir de que momento os meus sentimentos são tidos em consideração? A minha família está destruída, arrastaram isso para os jornais e pergunto: quando será o momento de parar? Num momento em que todas as atenções estão viradas para o Covid-19, em que momento a saúde mental, uma doença que nos afeta cada um de forma diferente, será uma preocupação?», questionou ainda o internacional inglês, antes de rematar:
«Compreendo que as pessoas estejam zangadas comigo, mas era importante que compreendessem melhor a minha vida.»