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“Todos no Atlético pensavam que eu era só mais um. Trabalhei de boca fechada…”

“Todos no Atlético pensavam que eu era só mais um. Trabalhei de boca fechada…”

O defesa-central brasileiro rumou à capital espanhola com Herrera e, à semelhança do médio mexicano, também sentiu algumas dificuldades iniciais para se impor sob as ordens do exigente Diego Simeone. “Cheguei e não tinha condições de jogo, então ele [Simeone] tinha uma determinada visão. Dei continuidade ao meu trabalho, sempre de boca fechada e a fazer o que sempre fiz. Quando surgiu a oportunidade, entrei e dei o meu melhor. A partir dali fui ganhando ainda mais a confiança dele. Passou a olhar-me com outros olhos e fiz boas partidas. Na minha opinião, a minha forma de trabalhar foi determinante, sempre de boca fechada. Eu, já com 30 anos, aguentei ficar no banco de suplentes e sempre de boca fechada. Treinei muito, sabendo que em breve teria a minha oportunidade. Dei tudo de mim para manter-me como titular”, contou Felipe ao portal Goal, reagindo com naturalidade quando confrontado com declarações recentes de Thomas Partey, médio dos “colchoneros” que, no início da temporada, via o central ex-FC Porto como “mais um”:

“Sinceramente, foi bacana ter visto o Thomas dizer isso. Eu, de boca fechada, fiz o meu trabalho e fui reconhecido por isso. Cheguei, fui conhecendo o grupo e adaptei-me. Acho que todos pensavam dessa forma, não só ele. De facto, foi uma surpresa para todos. Eu também sou uma pessoa que procura observar bastante e levar o que aprendi para dentro de campo, tenho uma concentração elevada. Não digo que isso faz as coisas serem mais fáceis, mas a concentração ajuda muito e melhora o trabalho. Agora estou numa condição muito boa, tenho feito ótimos jogos. Mas não posso parar, preciso de continuar focado e tentar melhorar mais a cada dia. Quero sempre jogar a um nível bem alto”, remata Felipe, confiante nas próprias capacidades.