Inicio: “Era muito mal comportado, talvez fosse o mais rebelde do seixal, pergunte ao Bernardo, ao Fábio Cardoso, Ivan Cavaleiro a minha minha mãe tinha três trabalhos para ganhar 700 euros, sentia que chegava a casa cansada e não a podia ajudar. Quando comecei a ganhar dinheiro no Benfica, todo o meu ordenado ia para ela, porque fez tudo por mim. Passava muito tempo na rua, porque estava em casa dos meus avós e não ia estar a fazer tricot com a minha avó”.
Juventude: “Nunca fui muito de ir a discotecas. Entrei pela primeira vez aos 17 anos, só podia com 18, mas o segurança facilitou-me a entrada. Foram sacrifícios (não ir a discotecas) para para ter hoje a vida que quero”.
Benfica: “Joguei no Barreirense dos oit aos 12 e com 13 cheguei aos iniciados do Benfica. Foi um jogo num torneio em que ganhámos 2-1, depois do jogo fui dormir, estava cansado e eufórico por ter marcado dois golos e depois o meu pai disse-me que tinha uma surpresa e pensava que era algo material, umas botas. Ele disse que ia treinar ao Benfica e com a alegria caíram-me as lágrimas. Foi ver alegria nos olhos meus pais e disse: ‘isto esta a começar a ser a sério'. Nessa mesma tarde, fui treinar e quiseram logo ficar logo comigo. Disseram para ir aos treinos e foi sempre a subir”.
Seixal: “Significa aprendizagem, a casa onde cresci como jogador, onde aprendi o que era o futebol, é uma escola de formação de elite e tenho orgulho de ter saído do Caixa Futebol Campus”.
Encontro com Lage: “Tínhamos quase uma relação de pai e filho. fui ter com ele, era treinador equipa B e foi o treinador que, se calhar, mais me marcou na formação do Benfica. Era quase como meu pai, estava sempre a puxar-me as orelhas e era o único que respeitava e conseguia meter-me na linha. Ate hoje temos contacto”.