Luís Filipe Vieira esteve na inauguração da Casa do Benfica de Castro Verde, oportunidade para falar da importância das delegações do clube, mas também para referir, tal como dissera na Câmara Municipal, que é hora de união entre os benfiquistas. “Deixo o apelo para que nas horas em que as coisas não correm como desejamos que temos de apoiar e estar unidos. O que se construiu com muito esforço não pode ser colocado em causa por causa de um resultado ou uma fase menos positiva. No Benfica trabalha-se muito, sabemos assumir as nossas conquistas, mas também os nossos insucessos. É assumindo sem desculpas que evoluímos. Não é só nos insucessos que nos questionamos ou desafiamos, quando ganhamos, o que tem acontecido com muita frequência, não nos acomodamos, vamos logo em busca de novos desafios”, afirmou.
Reafirmando que o projeto do Benfica resulta de “uma estratégia bem definida, um caminho bem definido que não vai ser alterado à menor contrariedade que possa existir”, o presidente encarnado voltou a falar da aposta na formação, nas infraestrutuas, deixando uma promessa: ” Brevemente, todos os benfiquistas terão conhecimento que o Benfica irá reduzir a sua dívida perante o sistema financeiro drasticamente. São estes os alicerces do futuro e não será um resultado menos bom que irá alterar o que quer que seja. A minha visão é esta e não vou abdicar dela”.
Depois de apelar à presença, pedindo apoio máximo, dos adeptos na receção ao Vitória de Setúbal, Luís Filipe Vieira referiu-se ao momento que se vive no futebol português que, no seu entender, é caótico.
“O futebol tem de ser, uma festa onde as famílias participem, os adeptos mostrem de forma positiva o seu amor ao clube. Daí que se exija o bom senso da parte de todos os intervenientes nesta importante indústria que vive atualmente o caos, o caos onde nós não queremos estar. Perante um quadro de permanente coação, intimidação e ameaça é preciso dizer de forma clara que compreendemos a presente tomada de posição dos árbitros. Entendemos os seus motivos e preocupações. Seria natural que tivesse surgido mais cedo. É preciso, de uma vez por todas, acabar com estas situação para salvaguarda da verdade desportiva”, disse antes de voltar a apelar ao poder. “O Governo e quem superintende as competições nacionais tem de assumir as suas próprias responsabilidades. Se existe quem não seja capaz de impor regras rigorosas e claras, então que se encontre uma posição conjunta que normalize as competições. O Benfica, como sempre, está disponível para, de forma construtiva, ajudar a encontrar as melhores soluções”.