O dinheiro não ganha jogos. Se ganhasse, o Liverpool não liderava o campeonato inglês com 22 (!) pontos de avanço sobre o Manchester City. É que a diferença no valor dos dois plantéis é favorável à equipa liderada por Pep Guardiola: 1,19 mil milhões de euros para os reds, 1,29 milhões para os citizens, segundo dados do transfermarket.
Porém, se o dinheiro não ganha jogos, ajuda a escolher os melhores jogadores. E a construir melhores equipas. É o caso de Sérgio Conceição e Bruno Lage. O FC Porto foi obrigado a vender ou a deixar partir quem estava em final de contrato, o Benfica vendeu (bem) a conta-gotas.
Abordemos, então, os plantéis dos dois primeiros do campeonato. Os dragões têm jogadores cujos passes chegam aos 272,5 milhões de euros, enquanto os passes das águias atingem os 335,8 milhões de euros. Diferença de €63,3 milhões. Ou seja, o plantel azul e branco vale, ainda segundo o transfermarket, menos 19 por cento do que o dos encarnados.
O mesmo se passa quando se compararam os dois onzes prováveis para o clássico de amanhã. O dragão que A BOLA projeta para entrar amanhã em campo (Marchesín; Corona, Mbemba, Marcano e Alex Telles; Nakajima, Danilo, Uribe e Otávio; Marega e Soares) vale 167,5 milhões de euros, enquanto o onze provável das águias (Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo; Pizzi, Weigl, Gabriel e Cervi; Rafa e Carlos Vinícius) chega aos 239,8 milhões de euros. Diferença de €72,3 milhões. Ou seja, o onze provável azul e branco vale, ainda segundo o transfermarket, menos 30 por cento.
O FC Porto tem o jogador mais valioso dos dois plantéis (Alex Telles: 40 milhões de euros). O mais valioso do Benfica é Rúben Dias: 38 milhões de euros. Se fizemos um onze em que misturamos todos os jogadores, os encarnados entrarão com seis atletas e os azuis e brancos com cinco. Assim: Vlachodimos (15 milhões); Corona (25)-Rúben Dias (38)- Ferro (18)-Alex Telles (40); Pizzi (27)-Weigl (23)-Danilo Pereira (30)-Nakajima (20); Rafa (30)-Marega (24).