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Como fica a sexualidade dos jogadores com a pandemia?

Como fica a sexualidade dos jogadores com a pandemia?

A ansiedade causada pela pandemia vai ter impacto na vida sexual dos portugueses e Vânia Beliz acredita que pode haver um decréscimo no desejo. “É uma altura muito exigente, vivemos momentos de medo, ansiedade, e acredito que a maior parte das pessoas se iniba de ter relações sexuais. Vai haver um afastamento”, explica a sexóloga.

A especialista acredita que é imprudente falarmos em babyboom da quarentena, aliás, pode até deixar as pessoas mais frustradas quando tentarem sexo e não conseguirem porque a ansiedade e o stress são obstáculos à sexualidade. Por isso, o primeiro conselho é que não se devem culpabilizar.

A sexóloga deixa alguns conselhos para melhorar a vida sexual em tempos conturbados. Porque, como defende, esta pode ser uma boa oportunidade para fortalecer a relação a dois e atá trazer benefícios para a intimidade. Mesmo sem sexo. “Tomar um banho juntos, fazer as refeições a dois, estarem próximos fisicamente e ouvirem-se mais. Este é um momento e desafios e de maior paciência.”

Outro conselho é desligar a televisão depois do telejornal e ler literatura erótica “para combater a falta de desejo”. Ou então, ver “um filme mais estimulante, algo que promova a união.” Massagens, por exemplo, é outra forma de tentar lidar com toda esta ansiedade.

Riscos de contrair a doença?
“Se as pessoas forem saudáveis, devem manter se cuidados sempre que sairmos para evitar o contágio, seguir os cuidados que a DGS já informou. Mas se estamos a falar de casais que vivem juntos, sem sintomas ou doença, não é a relação sexual que vai potenciar a transmissão”, explica Vânia Beliz. A única coisa que deve mesmo esquecer – pelo menos por agora – são saídas com desconhecidos. Encontros no Tinder? Só virtuais. “Agora é resfriar, não convém essa prática. Há que ter cuidados redobrados quando nos relacionamos sexualmente, com várias pessoas, por esta e por outras doenças.”

Mas para quem está sozinha, a sexóloga relembra que as lojas online – de brinquedos sexuais – continuam a funcionar. Diz ainda que é possível fazer essas encomendas através das farmácias online que vendem, por exemplo, lubrificantes ou vibradores. Pode ser uma boa altura para experiências com vibradores de estimulação externa ou anéis penianos. Como vêm embalados, não precisam de esterilização.

Vânia Beliz deixa ainda cinco dicas:
– Comunicarem e falarem das suas emoções e sentimentos. Tudo o que possa promover a intimidade, a partilha de emoções e fomentar a aproximação.

– Se não houver desejo ou excitação não se culpabilizem. É normal que as dificuldades no campo sexual existam com esta ansiedade

– Os casais que estejam com filhos em casa devem criar um espaço para si. Continuar com rotinas, deitar as crianças na cama a uma hora decente, para o casal usufruir da companhia do um do outro. Vejam um filme juntos, banho junto antes de ir para a cama, evitem dormir com os filhos.

– Não andar de pijama todo o dia. Manter o autocuidado. Tomar banho e vestir uma roupa como se fossem sair. Também têm de ser criativos. Se não pode ir à esteticista, há sempre a gilete ou a máquina de depilação. Se não o fizerem, isso pode debilitar a autoestima

– Ler livros erótica, ver filmes eróticos e fazer jogos a dois. Também se compram online, tabuleiro. Até pode voltar ao velhinho jogo do bate o pé.